sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A AGONIA DA TERRA




Cá entre nós; cada um já está vivendo seu final dos tempos e Armagedom; tanto no pessoal quanto em grupo; pois somos adeptos da criancice no uso da liberdade.

Escolha minha, problema meu!
Escolha sua problema seu!

Como se pudéssemos nos isolar no nosso mundo: Eu sou mais eu! Tão bem representado pelas células cancerosas – nossa cara cósmica.
Quando nos interessa, em determinados momentos, nós costumamos levar a responsabilidade relativa ás escolhas ao pé da letra, de forma egoísta e até simplória.

Estamos chegando perto dos 7 bilhões de exterminadores do futuro do planeta em 3D – a questão: Até que ponto Gaia vai suportar essa turma? – Será preciso que haja morte em massa?

Nosso assunto é discutir essa questão, dentro do contexto da interatividade planetária; pois gostemos, queiramos ou não, o problema de um torna-se relativamente o problema de todos, inexoravelmente. O momento é de revisar o hipócrita e interesseiro conceito de sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável.

Provavelmente os primeiros a serem descartados serão os da turma da mornitude; a cambada do nada a ver; vida diet, light, etc. – Os que não querem escolher de forma clara; para não se comprometer. Para o bem de todos; alguém precisa avisá-los que:
Não há como deixar de escolher, pois a partir do instante em que passamos a pensar de forma contínua é impossível parar de fazê-las. Mesmo que não pareça; pensamos vinte e quatro horas todos os dias, até dormindo; em conseqüência disso, optamos o tempo todo, mesmo durante o sono.

Até a atitude de não escolher é uma opção: a de não escolher.

Ao nos negarmos o direito e o dever de optar; deixamos o caminho livre para que outros o façam por nós e, nos entregamos passivamente ás conseqüências – em todos os sentidos possíveis da vida: pessoal, familiar, política, etc. Essa atitude é típica do eleitor brasileiro que adora privilégios ao invés de exercer direitos.
Pior é quando impomos aos outros ou os deixamos acuados e sem opção; estamos assumindo compromissos penosos para o futuro; mesmo que eles um dia nos perdoem.

Discernir é a arte de escolher com raciocínio, antevendo os possíveis efeitos das opções.

Como todas as outras, essa arte, apenas se desenvolve com a prática. Quem não usa o livre arbítrio de fio a pavio nunca será capaz de desenvolver a capacidade de discernir; nem sabedoria; mesmo saturado de conhecimento e teorias.

Caros amigos; é disso que devemos falar em todos os lugares
De liberdade e de escolhas.
E, suas conseqüências nas nossas vidas e na dos outros.

Será que a Terra vai suportar essa geração antiga que volta em massa durante muito tempo?
Talvez algumas partes do planeta estejam necessitando ir para o fundo dos novos oceanos; descansar durante alguns milênios.

Fica a pergunta:
Qual foi e está sendo minha participação na agonia da Terra?
Mereço continuar aqui?
Quero?
Devo ser despejado como lixo cósmico reciclável (claro) em algum depósito universal?

Sou um “consumidor” dos recursos do planeta?
Escondido atrás dos rótulos de sustentabilidade?

A agonia da Terra é a nossa própria agonia autosustentável.

Namastê.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

MELINDRES & SENSIBILIDADES


Quando começamos a nos achar: centro das atenções no palco da vida; indispensáveis; importantes demais; nós entramos na área de risco de contrairmos uma grave inflamação do ego: a melindrite que nos torna sensíveis a desempenhar um papel coadjuvante nos acontecimentos em que estamos inseridos – ou o papel principal ou nada é o que brada nosso orgulho ferido.

Contratos desfeitos; amizades terminadas; amores arranhados; tarefas de vida largadas pela metade; apenas pelo fato de não seremos reconhecidos na nossa importância; eis os alguns dos efeitos colaterais do melindre.
Embora negue; o melindroso costuma desejar “confete” o tempo todo – oculta a necessidade doentia de elogios e paparicos na máscara da humildade.

Quando se sente deixado de lado: sua vingança é a fuga e não o enfrentamento; o desdém é uma de suas posturas favoritas.
De forma doentia imagina que os outros vão sentir sua falta; em virtude da sua importância e capacidade; e vão implorar pela sua ajuda, participação ou companhia.
Na conversa com seus botões o papo interno é que as pessoas são invejosas e querem ofuscar sua importância. Elas não merecem nossa presença porque não sabem reconhecer seus méritos.

A pessoa melindrosa e sensível esconde seu caráter birrento e principalmente sua falta de coragem; atrás do biombo da frieza e da polidez; não tem coragem de enfrentar os fatos nem de se colocar com clareza nas situações; apenas debanda.

O melindroso e sensível curte muito a posição de vítima, estilo: Vocês não enxergam a injustiça que estão fazendo comigo?

O desconhecimento de nós mesmos, de nosso potencial ou da falta dele é a matriz desse distúrbio. Nossa tendência para o melindre pode ser nata ou aprendida através da educação.

O ser sensível e melindroso sofre do sentimento de menos valia; costuma ser perfeccionista; ás vezes tímido.
Do melindre á mágoa é um passo; esses sentimentos ás vezes se confundem; embora seja diferentes. Daí, o ser melindroso pode construir com relativa facilidade um câncer; caso experimente muitas situações seguidas de inflamações do ego ou melindrite.
Outro perigo: com mais facilidade do que os outros desenvolvem depressão no sentido psiquiátrico.

É uma das matrizes da impotência masculina e da frigidez feminina – no lado feminino desanda mais para a vertente da sensibilidade extremada. Assunto interessante para estudarmos em nós mesmos. Pessoas que se melindram com facilidade ou são sensíveis demais tem uma vida sexual problemática.

O autodiagnóstico é básico para mudar alguma coisa; pois o ser melindroso não suporta que lhe digam isso assim na lata. Ele se acha tão superior que não aceita ser questionado nem dessa nem de outra forma.

O remédio para esse mal e tantos outros é a busca sistemática do conhecimento de nós mesmos; para que possamos descer dos pedestais onde costumamos nos colocar.

A reforma é lenta; pois muitas vezes encurralados pelas nossas próprias observações; mentimos usando da falsa modéstia.

Uma forma de diagnosticar é a perda do entusiasmo naquilo que estávamos engajados.

Tópico interessante para estudarmos no dia a dia.

Namastê.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

QUE BOM FOSSE SÓ EU




Temos um desejo secreto - inconfessável: sermos filho único de Deus.

Um fator de complicação na vida humana é a interatividade – secretamente gostaríamos que o Pai não tivesse formado uma família tão grande. Na nossa cabecinha “rola a seguinte e velada crítica: irmãos mais velhos cuidando dos mais novos: ninguém merece.

Além disso; embora amoroso ao extremo o Pai, é severo:
Cada escolha nossa interfere na vida de todos; e às vezes, na de alguns, de forma intensa e profunda.
Como nas regras da Casa do Pai não se deixa nada barato; nada fica de graça; todo estrago terá que ser reparado; nós temos mais um problema a resolver além de cuidar de nossos irmãos: a constituição das nossas famílias.

Observe o leitor que a maioria dos casais que conhece se daria melhor vivendo com outra pessoa; tantos são os conflitos e os desencontros na forma de agir e de reagir entre eles.
Quem já não pensou ou ouviu: - Conheci tanta gente com quem tinha tantas afinidades e terminei com essa pessoa...
Mesmo entre o resto da família, muitos filhos adorariam ter outros pais e irmãos, etc.

Nosso sonho de consumo cósmico que alguns chamam de egoísmo:

Já pensou que mordomia: Eu, o filho único de Deus.

Namastê.