sexta-feira, 27 de agosto de 2010

POLÍTICA: QUANDO O TERÇO VIRA NOVENA

Vivemos no país da maracutaia institucionalizada; mas, não nos sintamos os maiorais; pois, no planeta há lugares de ponta, em se tratando de levar vantagem em tudo; que nos superam.

Embora diversificados nos sistemas de crenças e de fé; nós somos uma das sociedades mais cristãs do planeta; daí que, aliada á nossa verve para levar tudo na esportiva e na gandaia – transformamos o velho terço da religião, uma espécie de mantra para ver se Deus nos ouve (nem o saco de Deus deve agüentar nossas ladainhas; e ás vezes, apenas para aliviar seus sacrossantos ouvidos, ele nos atende); numa brincadeira, numa zoada de mau gosto.

Os políticos e os que vivem á sombra do poder devem ser muito religiosos; pois, nos seus contratos, por fora, algumas cláusulas rezam:

O terço começa na licitação e a novena no empenho de verba e no pagamento.

Vamos usar uma notícia que deixa á mostra; claro que a contragosto dos envolvidos – Estamos num ano eleitoral e uma das paixões do nosso cabaço povo, é o futebol; esporte que arrasta multidões. Uma das minas de ouro do voto de cabresto.

Vejamos a notícia:


Esportes




› São Paulo
São Paulo e Belo Horizonte, 27 de Agosto, 2010 - 8:54
Obedrecth negocia construção de estádio corintiano
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Paulo Galdieri


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A empreiteira Odebrecht, uma das maiores do País, confirmou à Agência Estado que está negociando com o Corinthians a realização de uma parceria para a construção do sonhado estádio do clube. Por meio de um e-mail, via assessoria de imprensa, esclareceu que "atenta às oportunidades, a Odebrecht tem conversado com o Corinthians".
Porém, a empresa ainda não decidiu se aceita ou não entrar na empreitada. Alguns empecilhos importantes se colocam entre a Odebrecht e o "sim" à construção da arena no terreno em Itaquera.
O principal deles é o fato de o custo do projeto ser inteiramente assumido por ela. Não pela falta de recursos, mas pela dificuldade de, depois, justificar porque o estádio do Corinthians custaria menos que outras arenas em que a empresa já está envolvida em consórcios de reforma ou construção.
É, por exemplo, o caso da Fonte Nove, em Salvador. A arena que substituirá o velho estádio baiano, que será erguida pelo consórcio formado pela Odebrecht e pela OAS, terá um custo inicialmente avaliado em R$ 591 milhões. Esse valor é quase o dobro do previsto para a construção da arena corintiana no projeto levado pelo presidente Andrés Sanchez (R$ 300 milhões).
Outra questão é a forma de retorno que a empresa teria. Em troca da construção, ela ficaria com o direito de batizar a arena com uma de suas marcas. Mas como o estádio fica em Itaquera, região periférica da cidade, a visibilidade não seria condizente com os R$ 300 milhões "pagos".


Fonte: Agencia Estado






A piada é fácil de entender.
A empreiteira no caso é uma das que mais trabalha para os religiosos do serviço público de plantão. O trabalho de reforma vai ser religioso e a negociação com o timão vai ser apenas intraconsciência da empresa; claro que outros fatores que não constam do noticiário emperram o negócio: o terço que os mandatários do clube vão querer receber; é o problema real.
Provavelmente algumas cabeças vão rolar na empreiteira pela besteira que fizeram de entregar o ouro da sacanagem religiosa que será a construção e a reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 – mas, como estamos em final de feira planetária; muitos outros cabaços coroinhas vão entregar o vigário...

Sabe que nome os economistas dão a essa vigarice: DÍVIDA INTERNA.
Que os cidadãos cabaços pagam com impostagens cada vez mais descaradas – bem vinda aceleração que vai fazer ruir tudo que não presta: AMEM.

O PROBLEMA NÃO É O TERÇO – MAS, A NOVENA (ou será a novela?).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

VOCÊ TEM QUE VIVER MAIS PARA MORRER LOGO

Quando digo que boa parte de nós detém grandes chances de “ir desta para a melhor”, em pouco tempo; a muitos soa como pessimismo; mas, não é – trata-se de simples constatação de uma perigosa realidade; que as pessoas normais não conseguirão mudar em tempo hábil. Algumas até já começam a perceber que é urgente reciclar alguns hábitos e viver de forma diferente; mas, não é tão simples assim; pois, até pouco tempo era possível empurrar os fatos com a barriga; remediar – porém a maioria está tão adormecida no meio da massa que ao despertarem já será tarde demais; pois o abismo é logo ali. Uma imagem analógica: tente entrar no metrô na estação Sé nos horários de pico – você não entra; é “entrado” com os pezinhos no ar e tudo – e não vai prá onde quer no carro; vai prá onde a massa te levar – a mesma coisa acontece com as pessoas normais; quando descobrirem que o abismo é logo ali; não terão como mudar de canal, trocar de operadora, escapar.
Ainda há tempo?
– Claro; mas tem um preço: ser diferente dos normais; sair dos padrões e ser considerada uma pessoa esquisita; chata; anti-social – antes era mais grave; pois, nessa condição; você ia para a fogueira; aprisionado numa masmorra...; É preciso acima de tudo despertar a consciência a respeito de quem somos e o que fazemos aqui; pois, a todo instante somos bombardeados com apelos para comprar remédios que curam nossos males, mesmo que não queiramos eliminar as causas; somos induzidos comprar algo da última moda para sermos felizes e vencedores.
A maioria não terá a mínima chance de sobrevida; pois a velocidade do desenvolvimento da tecnologia de comunicação é espantosa; mas, não desenvolvemos capacidade mental - emocional suficiente para discernir entre tantas informações que pressionam, desestruturam, adoecem.

Cadê o controle remoto?

O menu do entretenimento estressante é farto e variado para todos os gostos e bolsos; vai desde os noticiários manipulados que veiculam notícias que quebram a harmonia interior e desencadeiam ansiedade, medo, insegurança e raiva, sentimentos capazes de gerar doenças quando persistentes – a shows; filmes de todos os tipos; novelas que emburrecem; jogos que liberam adrenalina a mil.
Mas, pela sua constância nada melhor para manter o medo, a ansiedade e a angústia do que os noticiários.
Nas sociedades de consumo, as notícias sobre economia abalam os vencedores quando veiculam a possibilidade de perda dessa condição.
A atuação dessas informações sobre economia no grupo dos não vencedores; retira-lhes a esperança de tornarem-se um dia; atiçando um desesperado desejo de conquistar pela força e violência aquilo que julgam ter direito – e quanto pior, melhor.
Notícias de desastres de todos os tipos, violência, guerras, corrupção; são os campeões de audiência e de gerar doenças.
Nos moldes atuais, a mídia dá o fermento que leveda a massa da violência social. Exemplo, caso: sejamos intolerantes, impacientes, irritados com injustiças, corrupção, desmandos e abusos fujamos das notícias políticas. Quem é afetado pelas de tragédias evite-as.

O que fazer?
Desligue o veículo de mídia:
É preciso manter o equilíbrio interno e buscar aquilo que é bom para cada um, e evitar tudo que afeta negativamente, sem nos omitirmos (“a quem muito for dado...”); assim evitamos agravos inúteis ao corpo.

Usemos o pouco de bom senso de que somos portadores; cuidado com:

PROPAGANDAS ENGANOSAS

Principalmente, as que iludem e viciam; como as de bebidas, cigarros, medicamentos, alimentos..., são capazes de induzir a crer que fumar proporciona status e, alguns anos depois a vítima percebe que adquiriu o de hipertenso, portador de câncer, etc.
O apelo do “quanto mais: melhor”; “complemente”; “suplemente” no consumo de alimentos induz a inúmeras doenças.
As propagandas mais cruéis são as de remédios; pois, presume-se que os fabricantes e sua mídia sejam pessoas sensatas, científicas; que desejem o melhor para as pessoas...
No tipo de sociedade em que vivemos um vende algo e outro compra; e, o vendedor cerca-se de argumentos para induzir o outro a comprar; por sua vez o comprador não tem apenas o direito, mas obrigação de refletir para discernir o que é melhor para si; pois, seu corpo e sua vida estão em jogo.

A propaganda de bens de consumo desperta a cobiça e o querer ter – engorda o ego - muitas vezes, á custa de uma carga excessiva de trabalho que desencadeia estresse, doença e breve: morte.
A desculpa mais esfarrapada: “tenho contas a pagar”. Tudo bem; mas, quem fez essas contas? – Separe as suas daquelas que te impuseram – Votou em quem?

Não agüento mais isso; quero me divertir!
– Direito nosso; mas cuidado:

MODERNO ENTRETENIMENTO da hora

Os modernos entretenimentos são baseados em emoções “fortes”; que angustiam: terror, pânico e suspense, que amplificam a ansiedade o que interfere imediatamente nas secreções glandulares produzindo descargas de hormônios ligados ao instinto de sobrevivência sem que haja perigo real algum, o que desequilibra e faz adoecer, e pode levar á morte, aos poucos.

Meu amigo; se deseja ir embora desta prá melhor – continue ligado; plugado nas modernidades da última hora; não arrume tempo para: ler coisas inteligentes; meditar; curtir os filhos, amigos, família; praticar uma atividade física; ser útil...
Continue querendo ficar muito atualizado a respeito de assuntos sem importância para sentir-se amado e parte da manada: continue assistindo muita TV.
Em seguida a essa lavagem cerebral; você compra qualquer idéia e produto; vota em qualquer político que faça parte do esquema das sombras que querem te dominar.
Nada a ver com religião nem crenças – apenas com mensagens do além:
Nós que aqui estamos em 4D vos esperamos; com volúpia para terminar o serviço dos nossos representantes em 3D.

Aproveita bem a vida; e vem logo prá cá; vem pro caixão você também...

Amigos; gostaria e preciso dizer que temos de curtir a vida com esperança; sermos alegres, felizes; falar só de coisas boas; pois, a vida é bela.
Mas, será que nesse ritmo vai dar tempo de pegar o último trem dos próximos milênios?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

MARDITA PREGUIÇA

Adoramos frases feitas; coisas práticas; diet; ligth; não me comprometa; rapidinhas na tradução do lulês: not me fast mas me food.

Além de tudo mais:
Somos cada dia mais econômicos no uso do vocabulário.
Estamos quase aprendendo a falar com o olhar – pena que não olhamos direto nos olhos dos outros; talvez esteja aí um dos problemas da falta de comunicação da atualidade – até lá vamos usando o manês, o internetês.

Será que o criador deste universo errou na dose; ou estamos sendo sacaneados pelos nossos “mestres” que estão relutantes em nos libertar; daí, eles inventaram as religiões de conversões rápidas; a mídia de ação rápida; a tecnologia de ponta...

Sei lá; pensar ultimamente anda me cansando muito e nem assisto quase TV; não como alimentos transgênicos; não tomo vacinas; não leio mais jornais e revistas; apenas um pouco de NET.

Sei lá; sei não mainha; quem sabe; mas, acho que:

A tecnologia de mecanização favorece desde a infância a vida sedentária; sem contar que já nascemos preguiçosos. Tudo contribui para o crescimento estatístico de doenças onde a inatividade física é fator importante: desordens músculo - esqueléticas e articulares; obesidade (o obeso é um sedentário nato); deixar de usar o corpo é a causa principal da osteoporose.
Em muitas profissões o trabalho muscular cotidiano é efetuado apenas por determinados músculos deixando outros em desuso. Deixar de usar o corpo pode ser determinante para uma qualidade de vida deteriorada. Um sedentário com condicionamento físico inadequado e estressado ao viver uma situação emocional mal interpretada pode adoecer; ou quando obrigado repentinamente a um esforço físico não usual pode perceber o coração; e, é milenar a associação coração/vida/morte, logo surge o medo de estar “sofrendo do coração”, procura um “cardiologista” e, será encaminhado a fazer dezenas de exames; desse conluio medicina/teconologia/lucro, pode surgir um novo “neurótico/cardíaco” usando vários medicamentos sintomáticos, que logo passa a viver, a partir daí, uma existência com o “freio de mão puxado” e angustiado.
Pior, quando essa “vítima do sistema” começa a “curtir” o status de “vítima pessoal”; no começo é prazeroso, pelo aumento das atenções; mas logo substituídas pela indiferença ou desprezo; não demora e, será enviado para o psiquiatra ou a um “analista”. Como escapar dessa arapuca sócio/cultural? – Simples, bastaria pensar mais e, dialogar com o corpo aceitando suas *ponderações para evitar tais acontecimentos.
O corpo fala através das sensações que a mente interpreta: dor e prazer. Confiar nos interesses dos outros desprezando as informações das próprias vivências e do corpo, é condenar-se ao sofrer – mas, na política do espero que o mundo acabe em barranco prá eu morrer encostado; vamos prestar um concurso para viver numa colônia espiritual (exige-se apenas ensino médio) ou no céu (é preciso ser universitário cósmico).

Mas a mamata vai acabar.
Pois:
Seja por indolência ou ganância, não temos tempo para nós.
Tudo na vida exige inteligência e, assim, como não fazer nada, a atividade física excessiva e mal orientada, produz lesões e doenças.

Dá prá parar com isso?
Muda de canal prá mim – tô cansado!
Acho que to urucado - Reza prá mim?

VOTA POR MIM.

domingo, 1 de agosto de 2010

ESQUECERAM DE MIM

A ingratidão é uma das marcas do candidato ser humano da atualidade; consigo mesmo, com os outros, com o planeta, com Deus.

Cá entre nós, a seleção cósmica é mais do que urgente; pois, dentre outras coisas; na vida quase humana; sem falar de guerras, morticínios; desastres ecológicos perfeitamente evitáveis como a da BP e outros; exterminadores do futuro que se acham os donos da terra; ainda somos trogloditas no que nós temos de melhor a oferecer para outros seres da região da galáxia: nossas emoções a virar sentimentos da melhor qualidade.

Parece algo de fim de mundo; que mesmo hoje: mães (fêmeas parideiras) ainda atiram filhos na lata de lixo e filhos depositam pais em asilos e os esquecem para sempre; em nome do deus dinheiro ou da deusa preguiça – noutras vezes, é pior filhos e netos maltratam idosos dentro de casa – ou os usam para continuar nessa ciranda do tudo é possível - nessa famigerada linha de crédito para aposentados para arrumar-lhes dívidas que podem matá-los de vergonha; pois, alguns ainda têm aquela dignidade á antiga: nome limpo ou até vergonha na cara.

Qual a diferença entre internar um pai ou uma mãe num asilo e largar uma criança num abrigo?
– Há uma diferença gritante; na maior parte das vezes, a criança abrigada á espera de adoção é vítima da falta de recursos, em todos os sentidos, dos pais ainda vivos ou já mortos; mas qual a diferença? – já os idosos abandonados; a maioria; o são apenas por ganância, falta de qualidade humana de seus descendentes; não importa as desculpas e as justificativas; a principal é a falta de tempo – na realidade; o problema maior reside na parentela, síndrome da sogra, do sogro, do cunhado, etc.

Mas, vejamos algo do que motivou nosso bate papo de hoje: parte da notícia publicada no Diário da Região, jornal de SJRP (interior de SP).

Guilherme Baffi


Vínculo familiar de N.A.S. rompeu de vez há três anos, quando descobriu ser soropositivo
Tentativas

Quando um idoso é encaminhado para um abrigo, o setor de assistência social busca por familiares vivos e tenta manter o contato. Os profissionais explicam a importância da família para o paciente e, se preciso, impõem a visita como condição da internação. “O contato com os familiares é essencial para os idosos. Dá para perceber no dia da visita. Aqueles que não recebem ninguém sentem falta”, diz a assistente social do Lar São Vicente de Paulo, Eliana Maria Alves de Oliveira.

A Constituição Federal é clara nas obrigações da família com relação ao idoso. Em seu artigo 229, a lei máxima do País prevê que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Mas, entre a lei e a realidade há um fosso de discriminação e abandono. “Muitas vezes, o idoso é visto pelos filhos como um fardo, um peso que deve ser descartado. É uma questão cultural”, diz José Luiz Riani, especialista em políticas públicas para a Terceira Idade.

Segundo Eliana, a falta de tempo é a explicação mais comum para a ausência das visitas é a falta de tempo. “Muitos dizem que têm muitos afazeres e precisam cuidar de suas vidas. Eles esquecem dos sacrifícios dos pais.” Outra situação que culmina no abandono é a relação desgastada entre pais e filhos. O.S. está desde 2002 no hospital Bezerra de Menezes, em Rio Preto. Ele é portador de esquizofrenia e está internado para cumprir pena judicial. O paciente é acusado de ter matado a mãe durante o surto. Por causa do assassinato, O.S. foi abandonado pela família. No hospital, o paciente se mantém lúcido, mas não se recorda de que a mãe morreu. Ele diz que já se habituou ao novo lar, mas sente falta de casa. “Meu irmão veio uma vez só. Gostaria que voltasse.”
Na realidade; nós estamos colhendo o que plantamos em se tratando da falta de educação para a vida segundo as leis cósmicas – transviada de instrução; apenas voltada para a vida profissional para ter, possuir, aparentar mais do que os outros - pouco ou nada a ver com religião (especialmente as instituídas).

Em se tratando de estatísticas, o número de idosos esquecidos em asilos representa uma parcela muito pequena do que acontece com a população de idosos no país; mas, o suficiente para que as pessoas realmente interessadas em criar um mundo melhor; se questione.

O RETORNO? – NÃO TARDA? – NÃO PERDEM POR ESPERAR?

Envelhecer com dignidade é um tema interessante; para o pós - final dos tempos – apesar, que, a maioria dos pré-idosos de hoje (terceira e quarta idade) vai enterrar os filhos e os netos – algo nem bom nem ruim - Apenas uma aceleração da lei de causa e efeito da educação mal feita quando já poderia ser bem feita?

Elucubrações mentais e afetivas á parte: Que desastre!

Esperamos que ninguém; esqueça...