domingo, 1 de agosto de 2010

ESQUECERAM DE MIM

A ingratidão é uma das marcas do candidato ser humano da atualidade; consigo mesmo, com os outros, com o planeta, com Deus.

Cá entre nós, a seleção cósmica é mais do que urgente; pois, dentre outras coisas; na vida quase humana; sem falar de guerras, morticínios; desastres ecológicos perfeitamente evitáveis como a da BP e outros; exterminadores do futuro que se acham os donos da terra; ainda somos trogloditas no que nós temos de melhor a oferecer para outros seres da região da galáxia: nossas emoções a virar sentimentos da melhor qualidade.

Parece algo de fim de mundo; que mesmo hoje: mães (fêmeas parideiras) ainda atiram filhos na lata de lixo e filhos depositam pais em asilos e os esquecem para sempre; em nome do deus dinheiro ou da deusa preguiça – noutras vezes, é pior filhos e netos maltratam idosos dentro de casa – ou os usam para continuar nessa ciranda do tudo é possível - nessa famigerada linha de crédito para aposentados para arrumar-lhes dívidas que podem matá-los de vergonha; pois, alguns ainda têm aquela dignidade á antiga: nome limpo ou até vergonha na cara.

Qual a diferença entre internar um pai ou uma mãe num asilo e largar uma criança num abrigo?
– Há uma diferença gritante; na maior parte das vezes, a criança abrigada á espera de adoção é vítima da falta de recursos, em todos os sentidos, dos pais ainda vivos ou já mortos; mas qual a diferença? – já os idosos abandonados; a maioria; o são apenas por ganância, falta de qualidade humana de seus descendentes; não importa as desculpas e as justificativas; a principal é a falta de tempo – na realidade; o problema maior reside na parentela, síndrome da sogra, do sogro, do cunhado, etc.

Mas, vejamos algo do que motivou nosso bate papo de hoje: parte da notícia publicada no Diário da Região, jornal de SJRP (interior de SP).

Guilherme Baffi


Vínculo familiar de N.A.S. rompeu de vez há três anos, quando descobriu ser soropositivo
Tentativas

Quando um idoso é encaminhado para um abrigo, o setor de assistência social busca por familiares vivos e tenta manter o contato. Os profissionais explicam a importância da família para o paciente e, se preciso, impõem a visita como condição da internação. “O contato com os familiares é essencial para os idosos. Dá para perceber no dia da visita. Aqueles que não recebem ninguém sentem falta”, diz a assistente social do Lar São Vicente de Paulo, Eliana Maria Alves de Oliveira.

A Constituição Federal é clara nas obrigações da família com relação ao idoso. Em seu artigo 229, a lei máxima do País prevê que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Mas, entre a lei e a realidade há um fosso de discriminação e abandono. “Muitas vezes, o idoso é visto pelos filhos como um fardo, um peso que deve ser descartado. É uma questão cultural”, diz José Luiz Riani, especialista em políticas públicas para a Terceira Idade.

Segundo Eliana, a falta de tempo é a explicação mais comum para a ausência das visitas é a falta de tempo. “Muitos dizem que têm muitos afazeres e precisam cuidar de suas vidas. Eles esquecem dos sacrifícios dos pais.” Outra situação que culmina no abandono é a relação desgastada entre pais e filhos. O.S. está desde 2002 no hospital Bezerra de Menezes, em Rio Preto. Ele é portador de esquizofrenia e está internado para cumprir pena judicial. O paciente é acusado de ter matado a mãe durante o surto. Por causa do assassinato, O.S. foi abandonado pela família. No hospital, o paciente se mantém lúcido, mas não se recorda de que a mãe morreu. Ele diz que já se habituou ao novo lar, mas sente falta de casa. “Meu irmão veio uma vez só. Gostaria que voltasse.”
Na realidade; nós estamos colhendo o que plantamos em se tratando da falta de educação para a vida segundo as leis cósmicas – transviada de instrução; apenas voltada para a vida profissional para ter, possuir, aparentar mais do que os outros - pouco ou nada a ver com religião (especialmente as instituídas).

Em se tratando de estatísticas, o número de idosos esquecidos em asilos representa uma parcela muito pequena do que acontece com a população de idosos no país; mas, o suficiente para que as pessoas realmente interessadas em criar um mundo melhor; se questione.

O RETORNO? – NÃO TARDA? – NÃO PERDEM POR ESPERAR?

Envelhecer com dignidade é um tema interessante; para o pós - final dos tempos – apesar, que, a maioria dos pré-idosos de hoje (terceira e quarta idade) vai enterrar os filhos e os netos – algo nem bom nem ruim - Apenas uma aceleração da lei de causa e efeito da educação mal feita quando já poderia ser bem feita?

Elucubrações mentais e afetivas á parte: Que desastre!

Esperamos que ninguém; esqueça...

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