Vivemos no país da maracutaia institucionalizada; mas, não nos sintamos os maiorais; pois, no planeta há lugares de ponta, em se tratando de levar vantagem em tudo; que nos superam.
Embora diversificados nos sistemas de crenças e de fé; nós somos uma das sociedades mais cristãs do planeta; daí que, aliada á nossa verve para levar tudo na esportiva e na gandaia – transformamos o velho terço da religião, uma espécie de mantra para ver se Deus nos ouve (nem o saco de Deus deve agüentar nossas ladainhas; e ás vezes, apenas para aliviar seus sacrossantos ouvidos, ele nos atende); numa brincadeira, numa zoada de mau gosto.
Os políticos e os que vivem á sombra do poder devem ser muito religiosos; pois, nos seus contratos, por fora, algumas cláusulas rezam:
O terço começa na licitação e a novena no empenho de verba e no pagamento.
Vamos usar uma notícia que deixa á mostra; claro que a contragosto dos envolvidos – Estamos num ano eleitoral e uma das paixões do nosso cabaço povo, é o futebol; esporte que arrasta multidões. Uma das minas de ouro do voto de cabresto.
Vejamos a notícia:
Esportes
› São Paulo
São Paulo e Belo Horizonte, 27 de Agosto, 2010 - 8:54
Obedrecth negocia construção de estádio corintiano
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Paulo Galdieri
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A empreiteira Odebrecht, uma das maiores do País, confirmou à Agência Estado que está negociando com o Corinthians a realização de uma parceria para a construção do sonhado estádio do clube. Por meio de um e-mail, via assessoria de imprensa, esclareceu que "atenta às oportunidades, a Odebrecht tem conversado com o Corinthians".
Porém, a empresa ainda não decidiu se aceita ou não entrar na empreitada. Alguns empecilhos importantes se colocam entre a Odebrecht e o "sim" à construção da arena no terreno em Itaquera.
O principal deles é o fato de o custo do projeto ser inteiramente assumido por ela. Não pela falta de recursos, mas pela dificuldade de, depois, justificar porque o estádio do Corinthians custaria menos que outras arenas em que a empresa já está envolvida em consórcios de reforma ou construção.
É, por exemplo, o caso da Fonte Nove, em Salvador. A arena que substituirá o velho estádio baiano, que será erguida pelo consórcio formado pela Odebrecht e pela OAS, terá um custo inicialmente avaliado em R$ 591 milhões. Esse valor é quase o dobro do previsto para a construção da arena corintiana no projeto levado pelo presidente Andrés Sanchez (R$ 300 milhões).
Outra questão é a forma de retorno que a empresa teria. Em troca da construção, ela ficaria com o direito de batizar a arena com uma de suas marcas. Mas como o estádio fica em Itaquera, região periférica da cidade, a visibilidade não seria condizente com os R$ 300 milhões "pagos".
Fonte: Agencia Estado
A piada é fácil de entender.
A empreiteira no caso é uma das que mais trabalha para os religiosos do serviço público de plantão. O trabalho de reforma vai ser religioso e a negociação com o timão vai ser apenas intraconsciência da empresa; claro que outros fatores que não constam do noticiário emperram o negócio: o terço que os mandatários do clube vão querer receber; é o problema real.
Provavelmente algumas cabeças vão rolar na empreiteira pela besteira que fizeram de entregar o ouro da sacanagem religiosa que será a construção e a reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 – mas, como estamos em final de feira planetária; muitos outros cabaços coroinhas vão entregar o vigário...
Sabe que nome os economistas dão a essa vigarice: DÍVIDA INTERNA.
Que os cidadãos cabaços pagam com impostagens cada vez mais descaradas – bem vinda aceleração que vai fazer ruir tudo que não presta: AMEM.
O PROBLEMA NÃO É O TERÇO – MAS, A NOVENA (ou será a novela?).
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