quinta-feira, 26 de maio de 2011

VIDAS EM SUSPENSÃO

Quando queremos dizer em tom de chacota que determinada pessoa está defasada de sua época; nós falamos que ela parou no tempo ou de forma mal educada dizemos que é uma múmia.

De forma inconsciente os ditados e as colocações populares sempre carregam consigo verdades cuja intensidade e alcance fogem á nossa compreensão em determinadas fases ou momentos.

É possível parar no tempo?

Sim.
Podes estacionar no tempo; mas o tempo não estaciona á tua espera.

Ontem nosso grupo de trabalho espiritual atuou no atendimento a pacientes numa das alas de um Hospital do astral onde há milhares de macas como que suspensas no ar, dispostas em prateleiras; parecendo aqueles filmes de ficção científica futurista.
Sintetizando: nos foi dito que aquelas pessoas eram “vidas em suspensão” esperando o momento de serem despertas, trazidas de volta á realidade. Colocaram-se nesse estado devido a se deixarem aprisionar em sistemas de crenças estáticos; além de idéias fixas.

Um dos casos que nos é permitido relatar – manifestou-se uma pessoa de inteligência aguçada, questionadora, desconfiada; á primeira impressão parecia um agente das sombras – mas, estava apenas confusa. Resumindo: ele foi um cientista (físico) daqueles mentalistas que só acreditavam no poder da criação mental e da ciência; desencarnou após ser atropelado por uma carruagem numa fria e noite no dia 27/05/1867 em Londres – essa foi a data em que ele achou estar vivendo ao acordar desse longo transe. Foi explicado a nós que sua crença: com a morte tudo findava; o manteve tanto tempo nesse estado de hibernação ou suspensão. Boa parte dos que estão naquela enfermaria são vítimas de crenças religiosas; e estão á espera do juízo final.

No decorrer da conversa lembrei-me de um filme antigo; uma comédia: O DORMINHOCO.
Esse caso pode ilustrar além de vários enfoques, o perigo de nossas crenças não recicladas; não atualizadas á luz de novas informações e conhecimentos. Ninguém é protegido pelas suas crenças. Pessoa alguma está acima da Verdade, Realidade ou Lei.

A vida nos mostra até de forma engraçada como devemos nos portar – exemplo: não apenas os carros da atualidade devem ser flex – mas, principalmente os motoristas. A flexibilidade é condição essencial para não ficarmos com nosso Projeto de Vida em suspensão.

Todo cuidado é pouco.
Você pode parar no tempo; mas o tempo não fica parado á sua espera.

Vamos pegar carona no estudo deste caso para tentar entender um pouco mais a respeito do que seja o tempo.

O tempo real não se mede nem no calendário nem no relógio. Estamos habituados a perceber a vida apenas segundo a visão linear; quando o tempo real é a experiência em andamento.
Imaginemos o tempo perdido pelo nosso amigo no desperdício da possibilidade de uma ou até mais reencarnações possíveis nesse espaço de tempo; caso o seu sistema de crenças estivesse atualizado – perdeu tempo; ou seja; não realizou experiências possíveis.

O tempo como o sentimos fluir é objetivo e subjetivo de forma simultânea.

Em 1905, Albert Einstein publicou a sua Teoria Especial da Relatividade que nos mostra que tempo e espaço constituem uma unidade e que nunca podemos falar de um sem falar do outro. Por exemplo, dois observadores podem ordenar uma série de acontecimentos de forma diferente caso se movam em velocidades diferentes com relação ao evento. Podem até perceber o mesmo evento de forma invertida: o que para um é passado para o outro é futuro. Imaginemos que nosso amigo se encontre com alguém que viveu uma experiência na vida física enquanto a sua estava em suspensão – o que para ele eqüivale a futuro para o outro já é passado.

Trazendo para o nosso cotidiano.
Se esses e outros conceitos fossem aplicados de forma sistemática no dia a dia; compreenderíamos de forma coerente a sucessão dos eventos a que estamos submetidos evitando sofrer, doenças e problemas mais graves.

Será que somos capazes de retardar ou acelerar a passagem do tempo com nosso pensar, sentir, agir?

O lado subjetivo do tempo faz com que o mesmo observador o perceba passar de forma diferenciada em diferentes situações a que possa estar submetido. No caso, o conceito de perceber a passagem do tempo depende de como ele ordenou a seqüência dos eventos. Exemplo: quando estamos na cidade grande o espaço de tempo linear de um dia necessitaria de pelo menos trinta horas ao invés de 24, para que as expectativas e os prazos estabelecidos fossem cumpridos. E, a mesma pessoa isolada numa fazenda num local ermo após alguns dias lá, morreria de tédio; pois cada um demoraria uma semana para passar. A diferença nesse caso é a quantidade das expectativas e de prazos num e noutro lugar, e também do número de eventos ou experiências a serem ordenadas.

Não somos capazes de isolar nosso estado emocional e afetivo da condição de observador de um evento “espaço-tempo”. Situações de euforia e de alegria levam o observador a sentir a passagem do tempo de forma rápida, vapt-vupt. Já as situações opostas tornam o mesmo evento muito lento, uma eternidade. Um exemplo típico do cotidiano: para quem não gosta muito do que faz, a semana de Segunda a Quinta leva um mês para passar, já da Sexta á tarde até o Domingo parece que o tempo voa, acaba em minutos...

Nas últimas décadas a tecnologia de comunicações inventa a cada dia novos artefatos que trazem aos ouvintes, espectadores e Internautas, eventos com uma relação de incrível disparidade na relação espaço - tempo. Situações que ocorrem no outro lado do planeta chegam ao observador quase que em tempo linear real, e de certa forma não nos preparamos para isso.

A reflexão do dia:



Podes parar no tempo; mas o tempo não fica parado á tua espera.

Estamos realmente vivendo as experiências em andamento?

Paz e Luz.

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