Analisar a qualidade de um político depende muito dos
interesses e da qualidade pessoal do julgador (no caso, o cidadão ou eleitor).
Para
discernir entre um bom político que é aquele que sempre busca colocar os
interesses coletivos acima dos seus e do seu grupo, é preciso melhorar nossa
qualidade pessoal, pois a lei da sintonia é eterna e imutável.
Cada
político representa seus eleitores nos mínimos detalhes. Ao melhorarmos nossa
condição íntima estaremos: melhor representados.
Parece uma
tarefa das mais difíceis; mas é muito simples e fácil como tudo na vida das
pessoas de boa vontade.
Alguns
tipos de políticos profissionais podem ser excluídos com certa facilidade:
Cínicos:
São capazes
de abraçar enquanto enfiam uma faca nas costas. Mentem na cara dura. Atacam
seus acusadores para tentar se defender. Usam e abusam da capacidade de iludir
os que pensam pouco. Cultivam a arte da mentira e do despiste. Conseguem manter
um diálogo de “alto nível verbal” com seus iguais sem armar barraco: - “vossa
excelência é um ladrão”; - “ladrão é vossa senhoria”.
Falam, afirmam e logo se desmentem ou põe a culpa nos
outros que deturparam a sua fala.
Falastrões:
Falam muito,
prometem tudo e não realizam nada. Se eleito eu faço e resolvo; no entanto
nunca conseguem mostrar porque e como farão. São os folclóricos que alimentam
as piadas de políticos: - “se eleito, eu vou construir uma ponte”; - “mas não
temos um rio”; - “então eu faço um rio”...
Aproveitadores:
Entram em
todos os embalos do momento apenas para conseguir se eleger. Aproveitam ou
cultivam imagens de aparência física, cultural, religiosa. futebolística.
Defendem os pseudo-excluídos.
Costumam se aliar aos seus mais ferrenhos inimigos do
passado se os seus interesses do momento assim o ditarem; casam de véu e
grinalda com quem ontem chamaram de prostituta.
Parte dos que são eleitos aproveitando-se do futebol,
da religião ou de interesses de grupos encaixam-se nessa condição.
Ignorantes:
Incapazes; eles
dizem sempre o que os seus iguais querem ouvir; ao falar e agir: chovem no
molhado; o tempo todo, e prometem as mais extravagantes coisas como se tudo
pudesse ser resolvido num passe de mágica, numa canetada. Imaginam que eleitos
terão uma máquina de fazer dinheiro. Discorrem sobre o que desconhecem e,
encantam os eternos insatisfeitos.
Maledicentes:
Procuram se manter
no topo da mídia diminuindo os outros. Incapazes de se elegerem pelos próprios
méritos espalham boatos sobre os adversários para se beneficiar. Levantam
suspeitas infundadas.
Detratores:
São os que
apelam para todos os recursos ilícitos para denegrir a imagem dos adversários.
Predadores:
Quando
eleitos nunca terminam o que foi começado pelos antecessores, mesmo que sejam
boas idéias ou obras, e agem assim apenas para prejudicar a imagem do outro.
Além disso, começam muitos projetos semelhantes. Fazem a política da terra
arrasada ao deixarem a condição de poder para que os adversários que os
substituam também fracassem e para que possam voltar como salvadores da pátria.
Tocadores de obras:
Quando a
esmola é demais o santo desconfia, quando um político se mete a construir tudo
que seja possível a máquina de fazer dinheiro dos trinta por cento está
funcionando a todo vapor. Esse tipo criou o fabuloso tipo: rouba mas faz tão ao
gosto de seus semelhantes admiradores que só não roubam e não fazem porque não
tiveram ainda a oportunidade.
Políticos obcecados por construir obras costumam
superfaturar seus interesses.
Radical:
O ser humano
precisa de radicalismos tipo sim, sim, não, não, serve ou não serve; mas apenas
íntimos. Toda pessoa de conceitos radicais na relação com os interesses dos
semelhantes é uma pessoa dogmática, problemática que merece ser excluída da
vida pública.
Maria vai com as outras:
A diferença
deles dos interesseiros é a pobreza de opiniões. Vivem “boiando” ao sabor dos
interesses do momento. Não são capazes de adotar opiniões próprias nem de
defendê-las.
VEJA QUAL DELES É A SUA CARA.
Analise
o comportamento e a postura de seu candidato; pois ele é a sua cara; bom
material para o conhecimento de nós mesmos e da reciclagem da personalidade e
da postura de vida – inevitável…
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