quarta-feira, 21 de setembro de 2011

IMPORTÂNCIA DO ENVELHECER COM DIGNIDADE




Do inevitável nascer ao morrer, cada fase da existência propicia um conjunto natural de aprendizados.
Exemplo: Como aprender paciência, tolerância e aceitação, nos primeiros anos de vida e na mocidade?
Para quem entendeu quem somos e o que fazemos aqui, uma das metas é viver o máximo para aprender mais.
Nós detemos a condição de alcançar a velhice lúcida na maioria das existências vividas e ainda por viver.
É lógico que a duração do corpo físico depende das escolhas anteriores, do que está inscrito no DNA (caixa preta dos efeitos das escolhas); do uso do livre-arbítrio e das atuais condições de vida.
Como reta de chegada que é; a velhice propicia um inventário da existência ao permitir a análise das experiências vividas.
Facilita ajustar o ser ao parecer:
Ao envelhecer caem as “máscaras” usadas durante a existência e surge a condição real do espírito; que não precisa mais esconder-se para ser aceito; lógico que essa verdade espiritual assusta os familiares que atribuem a mudança, à esclerose; a outras doenças; ou à própria velhice: “Nossa! como o fulano está ficando chato e ranzinza! Deus me livre! Será que vou ficar assim também? Se for dessa forma prefiro morrer cedo”!
Quem alcança a velhice nesta condição serve como “ferramenta”: a mala sem alça, o velho chato, a velha encrencada, etc.
Se nos permitirmos chegar á hora de bater o sinal; nessa condição servimos apenas como “escândalo” para aperfeiçoar nossos incautos familiares auxiliando-os a desenvolver paciência, tolerância, aceitação, humildade...; além do “efeito espelho” quando mostramos aos outros o que os aguarda, caso não tentem fazer a reforma íntima – pois eles nos copiaram em muitos sentidos.

Podemos envelhecer com dignidade:
Sem nos queixarmos das limitações crescentes; aceitando, uma das principais matérias a serem aprendidas nesta fase da vida.
Ou sem dignidade espiritual:
Pois, se não nos preparamos para viver essa época, teremos dificuldades em aceitar conseqüências das próprias escolhas e, as limitações naturais do envelhecimento; daí nós sofreremos como queixosos a culpar a tudo e a todos pelo infortúnio; menos a nós próprios, afastando as pessoas de nosso convívio (ninguém merece?).

Se nos descuidarmos da reforma íntima podemos atingir a maturidade:
Frustrados: vivendo de sonhos sem objetivação.
Intolerantes: nossas relações são sintonizadas pela atração de opostos; o que nos leva a nos sentirmos a sós e incompreendidos. Infelizes: se pusermos nossa condição de felicidade nos outros. Depressivos: pela ausência de objetivos que nos mantenha a vida plena e atuante.
Desesperançados: ao percebermos a inutilidade que nos norteou a existência e pela ausência de ideais renovadores que fortaleçam a esperança nada conseguimos visualizar além do túmulo.
Revoltados: continuamos a buscar culpados externos para justificar as dificuldades e sofrimentos.
Repetitivos: sob o domínio das fixações mentais que retornam ao mesmo tema, doentes de mal de Parkinson, Alzheimer e outros que nem foram ainda catalogados...

Se tu pretendes chegar a viver a experiência da velhice; porta-te com a dignidade necessária. Se não te preocupas em ir além das obrigações da ética cósmica; ao menos cumpre as leis da vida.

Namastê.

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