sexta-feira, 23 de setembro de 2011

VIDA ACELERADA: RELAÇÕES COMPLICADAS




Se de certa forma as interações humanas sempre foram mais ou menos complicadas; na atualidade elas estão, a cada dia, mais caóticas; em virtude do estilo de vida atual e da aceleração do tempo.

Somos um livro de psiquiatria ambulante; portadores de todas as patologias do comportamento.

Antes a maioria de nós ficava agrupada sob o rótulo de pessoa normal (neuróticos); e a vida transcorria morna; sem tantos atritos.

Com a vida a mil por hora; hoje não é mais assim; as relações estão complicadas pelas mudanças súbitas de atitudes e de comportamento. Estamos meio parecidos com bipolares; saímos da água para o vinho do comportamento em minutos - do riso ao choro, sem motivo – de anjinhos a diabinhos nos relacionamentos.

Para complicar; algumas das nossas características que dificultam as relações: orgulho, avareza, egoísmo, agressividade, estupidez...; eram razoavelmente contidas pela cultura e educação formal; o que não ocorre mais – pois, estamos perdendo as contenções; e ficando á mostra; pelados psicológicos; colocando a carinha da alma para fora. Com isso os atritos aumentam e as relações ficam cada vez mais desgastadas.

Relacionamentos totalmente simpáticos, harmônicos e amorosos são ainda muito raros.
Os motivos são muitos, mas a base é a falta de qualidade humana da maior parte de nós.
O que predomina na formação da nossa personalidade são os chamados defeitos de caráter; que a rigor não existem, são apenas características que se entrechocam; pois somos seres interdependentes.
Como exemplo: o orgulho é o amor que sentimos por nós mesmos; e ligeiramente aumentado; gera desarmonia com outras pessoas.
A tentativa de se tornar humilde à força, logo se torna covardia (o realmente humilde nem sabe que é; desse modo nem precisa se preocupar em demonstrar humildade).

A vida contemporânea não está fácil, pois além da necessidade de nos conhecermos melhor para lidar com os conflitos internos; devemos vistoriar todos aos dias qual é a característica predominante em nosso momento pessoal - Em que eu fase estou? Hoje estou mais para Neurótico? Psicótico? Personalidade Psicopata? Esquizofrênico?

Além disso; será preciso que andemos com um sucinto manual de psiquiatria á mão; para que os relacionamentos não se tornem um perigoso campo de batalha.

Para não desfilar por aí de “gardenal”:

Melhor estudar o estado atual das pessoas com quem vamos conviver no dia. Além da vida se tornar mais leve e solta; graves problemas podem ser evitados – exemplo:
Se sua mulher acordou dando a impressão de estar num daqueles dias em que predomina a euforia; não custa nada esconder o talão de cheque e o cartão de crédito.
Se o marido acordou com cara de poucos amigos, melhor falar pouco e evitar colocar seus pontos de vista.
Seu chefe parece que dormiu amarrado no pé da cama, concentre-se nas suas tarefas e banque o ser invisível o quanto consiga.
Se o seu filho acordou do avesso; achando que tudo está errado guarde o discurso a respeito das obrigações que ele não está cumprindo para outro momento mais propício.

Enfim; se tivéssemos algumas noções básicas de psiquiatria ficaria mais fácil levar a vida.

Bancar o psicólogo no dia a dia: ninguém merece.

Claro que merecemos: nossa saúde física, social, afetiva e até o planeta Terra agradecem.

Alerta:
Está naqueles dias?
Os em torno não merecem...

Cuidado para não dar de presente de aniversário uma camisa de força de marca e com estilo. Nem uma caixinha de remédio.
Na hora de oferecer aquele “Halls”, aquele chicletinho básico ou similares; cuidado para não oferecer um comprimido de Haldol; Gardenal; Prozac e similares – algumas pessoas podem se ofender...

Relacionar-se; tanto conosco mesmos; quanto com os outros; é uma arte a ser aprendida. Mas, mantenha á mão seu manual básico de psiquiatria.

Em tempo: Se os relacionamentos estão complicados aqui em 3D onde tudo é mais lento – imagine quando passar para 4D – caos total?

Complemento deste bate papo.
http://artedaboamorte.blogspot.com


Namastê.

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